quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Benvinda.

E eu vi meu castelo sendo destruído
Por minhas próprias mãos.
Eu não pude fazer nada,
Mas eu tentei parar.

Eu via a inevitável queda aos meus pés.
Eu achei que tinha me livrado daquilo...

Porque por um segundo eu me senti mais feliz do que nunca,
E em outro segundo eu não conseguia mais respirar.

Me vejo caíndo num vazio familiar,
As ruínas parecem as mesmas de antes.
Me sinto novamente em casa.

Eu tive a previsão de um futuro bom,
Você foi minha única certeza.
Mas meus fantasmas voltaram a me atormentar
E agora eu não sei mais pra onde ir.

É, eu me sinto novamente em casa...

Retornando às origens.

Uma poesia, pra variar um pouco, não muito boa, até porque aos poucos estou voltando do meu entorpecimento poético shaushaushausha,
mas é bom voltar a escrever (:

Reencontro

E em tuas mãos minh'alma engrandece,
se enche de felicidade e frescor.
Daria tudo, minha vida,
por mais um segundo de amor.

Não me importo se estou presa
a felicidade eu quero arriscar.
Sentir o que meus lábio desejam
e o que minhas mãos querem tocar.

Minha cabeça parece quieta, estática,
sem o desespero de noites vãs.
Com uma calmaria pálida
como quem acredita que a esperança se renova no amanhã.

As horas parecem mais vívidas,
os detalhes mais interessantes.
O coração sonha extasiado
como o de um eternecido amante.

Como um estranho ser que desperta,
de uma parte adormecida de mim.
Com uma sensação nova, incerta
Como quem já encontrou a felicidade enfim.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

E viveram felizes para sempre(?)

Porque, ás vezes, nos sentimos tão frustrados?Parecemos ter tudo, mas, ainda sentimos falta de algo que preencha aquele lugarzinho que acumula toda angústia que nos atormenta. O pior de tudo é ser frustrado por não sabermos o que queremos ou por ter medo. Medo de tomar uma decisão. Talvez por não querermos cometer erros já cometidos, chorar lágrimas já derramadas, perder aquilo de importante que conquistamos. Mas, o medo, por mais irracional que pareça, nos aprisiona, nos limita e nos destrói aos poucos, nos tornando pessoas incompletas e infelizes até, por mais que não admitamos isso. Mas parece tão mais cômodo continuar na nossa zona de conforto, com todas as cenas ensaiadas, os risos fabricados... tudo metodicamente encenado para parecer bem. É tão mais cômodo... continuar com teatro já apresentado tantas vezes... Porque temos medo de mudar as falas, as cenas, os protagonistas do nosso infantil conto de fadas. Temos medo da mudança porque ela assusta... Assusta por não sabermos se iremos nos machucar ou se o príncipe encantado ficará até o fim da história... Porque, apesar de termos crescido, ainda esperamos um final feliz, embora nem todos acreditem muito nisso...

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

alicerce.'

E a medida que o tempo passava ela se sentia cada vez mais incompleta. Mas não se preocupava em preencher esse vazio, não mais. Queria ser auto-suficiente, poder suprir suas próprias necessidades, sentir-se completa de si mesma. Queria ser forte. Suficientemente forte para conseguir se apoiar sobre as próprias pernas, levantar todo o peso sobre suas costas e suportar a própria dor, angústia e solidão. Sozinha. Queria poder fazer tudo isso sozinha, sem precisar se apoiar em nada nem ninguém. Mas, era da sua natureza idiota e emotiva precisar de algo, necessitar de uma força maior que a fizesse sentir sustentada e completa, algo que a fizesse simplesmente querer viver... Risos, era isso o que sempre ouvia... Uma alma frágil e miserável como aquela não merecia nada mais que isso, e, fútil como era, se agarrava a qualquer laço de felicidade e estabilidade. Mas, como seus braços não eram suficientemente fortes, sempre caía sobre si mesma, num vazio cada vez maior e sombrio. E a cada dia ela se recolhia, cada vez mais, à sua insignificância. Fincando raízes em um mundo que ela mesma havia criado, e que a cada dia lutava para se libertar. Sua única sorte era que ainda existia alguém que a fizesse acreditar que poderia viver nele.'

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Qualquercoisa.'

Não tenho me preocupado muito com o futuro ultimamente, coisa que me enchia de fantasias antigamente, mas agora simplesmente não me interessa tanto. Talvez porque o presente não esteja muito interessante, na verdade anda tudo muito monótono, chato demais. Dos meus dias, salvam-se poucos, mas preciosos momentos, em que eu realmente me sinto viva, e, de certa forma, aliviada disso tudo. Momentos em que eu me sinto livre das máscaras e paredes que criei sobre mim, e, me sinto bem, muito bem, e feliz até, quem sabe, mas só nesses poucos e especiais momentos.
Na verdade, não tenho me preocupado com as coisas, com nada mesmo, de repente me senti tão indiferente à tudo. Ou não tão de repente assim...
E assim como tudo, também pouco me importo com o que escrevo, ou se o faço. Talvez me sinta muito vazia pra isso... sim, vazia, é assim que me sinto. Vazia dentro do meu mundo de confusão, um mundo que se fechou cada vez mais e se tornou um casulo que me prende e que de certa forma me tornou insensível á algumas coisas, insensível até demais eu acho.
Se tornou algo cômodo e comum, de modo que me tornei indiferente à isso também, à forma como me sinto.
É, eu sinto pena de mim mesma, mas quem se importa? Isso é engraçado até, ou não, mas ñ tem mesmo importância.

domingo, 26 de julho de 2009

Mergulho.'

Nada mais parece ter sentido, a rotina é só mais um remédio amargo que tenho que tomar para me sentir viva, continuar viva na verdade, porque já não me sinto assim há muito tempo... Já desisti de tantas coisas que muitos consideram necessárias.... paixão seria uma delas, mas pra falar a verdade ela nunca foi uma companheira prazeirosa. Pra mim, ela seria como um sonho, em que a gente idealiza e se ilude com a falsa sensação de prazer e contentamento até a hora em que acordamos e tudo isso se torna um pesadelo... Amor? Não me lembro de ter sido merecedora dele, pelo menos acho que me julgaram assim, ele é apenas um loongo caminho cheio de pedras, em que se durante o percurso conseguimos suportar e sobreviver à paixão, e ainda sentirmos prazer mesmo depois de acordar, aí siim encontraremos algo tão sublime e gratificante que não poderia ser explicado em meras palavras, ou eu não sou digna de escrever sobre isso, já que não o faço suficientemente bem. Mas voltando ao assunto, acredito que seja assim, mas tropecei e caí várias vezes antes de completar tal caminho... não posso dizer que já amei alguém, pois acho que tal sentimento não causaria desgaste e dor tão grandes... talvez eu continue, ou procure um caminho mais fácil, mas só talvez, por que até mesmo pessoas mais preparadas, um hora, precisam parar pra respirar.'

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Rascunho.'

escrito há algum tempo atrás... me pareceu apresentável, então, resolvi postar sem outro motivo aparente ;)

Odeio chorar sem motivo, ou odeio chorar sabendo que o motivo é tão bobo, odeio isso². Me sinto tão pequena, fraca, miserável... toda aquela minha pose, a máscara de mulher forte simplesmente cai, e eu me sinto vulnerável... Mas no fundo, acho que devo ser isso mesmo, vulnerável. Ah..., mas á tanta coisa que chego a me perguntar em como sou tão boba; vulnerável á palavras, ás pessoas, á sentimentos... sim, eles me destroem sempre que podem, sem pena nem porquê aparentes.’ Hmpf, agora eu já deixo que elas venham, pesadas e silenciosas, as dolorosas lágrimas já se tornaram cúmplices de horas vazias e sem sentido pra mim, como uma singela resposta ás minhas insistentes perguntas, ou como uma enorme dúvida pairando em mais uma lista de desastres.Tantos já que nem me dou ao trabalho de enumerá-los, são apenas fardos que aprendi a carregar, embora não sem dor. Pode ser exagero, não me importo, a dor é minha então eu decido se ela parece grande ou não, ou significante; porque concerteza existem problemas e dores infinitamente mais significativas que os meus, mais reais e dolorosos, mas não ligo, meus problemas significam muito pra mim, e por menores que sejam são suficientes pra me deixarem mal. Já parei também de procurar resolvê-los, não encontrando resultado agora os deixo quietos (nemsempre) e insolúveis, que passem com o tempo ou não.
Já parei de pensar nos outros, em mim menos ainda. De que adianta tentar concertar certas coisas que já foram quebradas há taanto tempo? Assumo que passo por um momento egoísta, não espero que me entendam, eu mesma não encontrei resposta à minha loucura. Enfim, não espero resultados, melhoras ou recuperações, talvez, depois disso tudo, eu possa dizer que tudo isso me fez crescer, embora esse pensamento agora, pra mim, pareça insano.

Aparências.'

Por que eu nego?As coisas que queimam por dentro; tão profundas, eu mal respiro. Mas você só vê um sorriso.' .adore- paramore.'

Um sorriso pode parecer tanta coisa, e ao mesmo tempo não dizer absolutamente nada, é só um artifício superficial que muitas vezes usamos pra esconder aquilo que não queremos mostrar, aquilo que diz quem nós somos, que nos atormenta ou nos revigora, aquilo que somente nós somos capazes de sentir.'

terça-feira, 16 de junho de 2009

Justiça

"Me ame quando eu menos merecer , pois é quando eu mais preciso . . . "- One tree hill



Quem nunca se sentiu como se tivesse a maior dor do mundo, numa tristeza incapaz de ser amenizada, e se incomodou ao ver uma pessoa mais feliz que ela? Como se toda a euforia e alegria provocassem ânsia, raiva, e ainda mais tristeza. Tá bom, pode ser que ninguém tenha se sentido assim, mas enfim, esse pensamento já passou algumas vezes pela minha cabeça, e eu me senti má, muito má com isso, o que não fez com que o incomodo passasse.

Mesmo tendo feito tanta coisa, ela tem o direito de se sentir melhor? Feliz? Poiis é, a vida é injusta, todo mundo descobre isso, uma hora ou outra. A justiça é apenas para os fracos, que se conformam e acreditam que tudo está bem, igual pra ambos os lados. Grande farsa, bando de hipócritas que fingem que tudo está correto e no seu devido lugar, porque a verdade é: nada está no seu devido lugar. Tá tudo, tudo muito errado. Basta olhar em volta, miséria, dor, sofrimento, violência; nada disso parece correto pra mim, sem querer começar um discurso político afim de promover meu sentimento altruísta, mas nada disso parece estar no lugar. Nós só escolhemos a maneira mais fácil de resolver os problemas, fechando os olhos, nos escondendo atrás da justiça e igualdade tanto pregadas mas nunca cumpridas... todos nós.
Não era minha intenção chegar nesse assunto, na verdade, eu nunca tinha parado pra pensar sobre isso até agora, mas já que escrevi, acho que vale a pena refletir um pouco...'

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Um pouco de quase nada.

No auge dos meus vinte poucos anos posso dizer que já vi e vivi muita coisa, senti e presenciei casos, pessoas, gritei, chorei, sorri.
Li bons livros em tardes que pareciam entediantes, tomei banhos de chuva inesquecíveis, morri de chorar em filmes melosos, corri sem porquê em tardes ensolaradas.
Já tive quase casamentos, quase insanidades, quase suicídios, quase amores que quase se eternizaram, quase brigas, quase reconciliações, quase esperanças... posso dizer também que quase vivi plenamente e quase fui feliiz...
Às vezes falta tão pouco pra conseguirmos aquilo que esperamos, e esse "quase" pode significar muita coisa na vida de muita gente.
Vivo entre quatro paredes sóbrias, as quais, muitas vezes, parecem ter olhos e julgar cada atitude que tomo, numa cidade barulhenta, a qual não lembro o nome, mas que também não importa, pois na maioria do tempo vivo imersa em meus pensamentos, nos meus devaneios e inconsciente, e nessas horas o mundo físico não mais existe, é só eu e meus outros milhões de faces, ideias, e conflitos.
Conflitos pessoais em que contesto minhas próprias ideias, discuto, e muitas vezes perco, pro meu próprio inconsciente.
Saio ás vezes com alguns conhecidos... amigos? Poucos me entendem, raros me apoiam, e nenhum deles sabe tudo aquilo que cabe dentro de mim, do vulcão sem controle que hora entra em erupção e hora permanece adormecido, ás vezes por tempo demais...'
Já tive várias decepções (quem nunca teve?), tristezas angustiantes, paixões arrebatadoras, amores singelos, mas muitas vezes destruidores. E por mais incrível que pareça sobrevivi a tudo isso, por pior que pareça na hora, todos nós sobrevivemos (vamos excluir os suicidas em potencial =), embora não sem cicatrizes, marcas e alguns ferimentos que ainda insistem em doer, mas que vão sarando aos poucos, pode até ser que ele nunca desapareça e pare de incomodar, mas com certeza vai ficando cada vez mais suportável lidar com isso.
Comigo também persistem alguns ressentimentos, coisas que deveria ter feito, palavras que deveria ter dito, silêncios que deveriam ter continuado intocáveis, pessoas que nunca deveriam ter se despedido, um adeus que nunca deveria ter sido pronunciado... assunto complicado... será que as pessoas especiais realmente permanecem?? Será que existem pessoas tão especiais a ponto de permanecerem, mesmo que não estejam no seu estado físico, mas se fazerem presentes em cada cheiro, toque, gosto, som e imagem???
Acho que não posso responder isso, ainda sou muito imatura nessa vida, pouco sei sobre o amor, sobre felicidade, ainda não experimentei as dores mais profundas nem os prazeres mais deleitosos, não tenho experiência pra julgar a vida, mesmo que ainda o faça.
E, como já deu pra perceber, escrevo no tempo que me sobra, não só para ocupá-lo, mas para espairecer a mente, liberar as ideias, deixar fluir tudo o que me apaixona e que me atormenta, não só como passatempo ou válvula de "escape" mas como uma dependência, um vício, quase que uma droga, não, eu não sou maluca, já tentei parar, acredite, mas como dá pra perceber não conseguii.
Me deixa bem, leve. Não que eu escreva grande coisa, até porque alguém já deve ter notado que eu não escrevo coisa nenhuma, podem até dizer: "aah, mas isso até eu escrevo melhor", não, eu não vou discordar de você. Mas fazer o que né? Cada um faz o que sabe, talvez um dia eu escreva um liivro, que venda bem é claro, em que os meus pensamentos deixem de ser só meus e possam ter um propósito maior. (tá bom, viajei agora.)
E pra terminar, até porque ninguém quer saber tanto assim da minha vida, ainda gostaria de preencher aqueles vazios do quase, porque, só quem sente sabe, que um quase amor, uma quase dor e uma quase vida são bem mais angustiantes do que uma provável morte.'

segunda-feira, 8 de junho de 2009

.Ex.terna.mente.

Noites insones e cansativas
Os gritos abafados pelo medo e angústia
Tornaram-se terríveis rotinas inevitáveis,
Um apelo de alguém que pede ajuda.

O desespero já não é maior que eu,
Tornou-se um pequeno ponto imerso em minha alma.
Mas que se faz notar a todo o momento e instante,
Tornando impossível qualquer sanidade ou calma.

Desespero desnecessário,
Pois não traz de volta o passado, nem modifica o presente.

Mas livrei-me das algemas,
E com elas, parcialmente a iniqüidade,
Mas isso não me livrou das cicatrizes,
Que me lembram sempre que fujo da verdade.

Tantas palavras, todas desnecessárias,
Sem sentido ou importância pra ninguém.
Jorradas como sangue num vazio sem importância,
Confirmando a morte daquilo que um dia foi alguém.


- Sou uma pessoa dramática, então, não liguem para os meus exageros (:'

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Regressão

Henry Wadsworth Longfellow escreveu: "Todos são arquitetos do destino, vivendo nestas paredes de tempo, então não se lamente pelo passado. Ele não voltará de novo" - OTH'

Porque tem coisas que a gente simplesmente não consegue esquecer? Seria tão mais fácil e confortável, mas isso não acontece assim de um modo tão espontâneo.

E por mais que você não queira, aquelas memórias que antes pareciam tão belas, agora são tão terríveis, pois atormentam e tiram o sossego de uma alma que só quer ter calma...
Ou não, muita gente vive dessas memórias, tristes ou não, mas elas sentem prazer em tê-las, mesmo que isso lhe traga dor e angústia, passando a viver assim numa realidade paralela, onde o presente já não importa, só aquilo que ficou pra trás, isso sim, é relembrado em cada segundo, cada sensação, cada delírio insano de uma mente desequilibrada.

Desequilíbrio, uma palavra aleatória que encontrei, mas poderiam ser tantas outras, ah, não sei, mas enquanto essas pessoas perdem a vida aos poucos, deixando-se esquecer no passado incontínuo, outras clamam por liberdade, liberdade de sentimentos, sensações e desejos, que, embora tenham ficado num momento passado, ainda permanecem tão vivos quanto antes.

Entrelinhas.

"Algumas vezes as pessoas escrevem o que não conseguem dizer" One Tree Hill.'

A mais pura verdade, alguém discorda? Digo por mim mesma. Frases feitas, arrumadas, organizadas na mais perfeita poesia...(ounão) de que adiantam? O que significam? "Apenas aquilo que não conseguimos dizer", ás vezes até aquilo que nós mesmos não acreditamos, mas escrevemos por que sentimos, e por que aquilo está lá, dentro de você, assim como sempre esteve, mas nós nunca apertamos a tecla de "escape".
De modo que vai se acumulando, e crescendo inconscientemente, então, simplesmente flui, em palavras, versos, música ou poesia, tudo aquilo que não foi dito pela boca, mas que estava sendo gritado pelo coração.

terça-feira, 2 de junho de 2009

Confiança.

"Talvez todos nós damos nossos corações para as pessoas que mais nos farão sofrer"
.One Tree Hill.'



Começando por um papo meloso e repetido tantas vezes... como saber discernir entre quais pessoas devemos confiar? Será isso possível? Mais complicado ainda é quando o bem que nós confiamos é o nosso próprio coração, uma coisa tão frágil e complexa para nós mesmos, e muitas vezes queremos que outra pessoa o entenda e tome conta dele, coisa que fica difícil até para aqueles que já o conhecem.

Mas nunca iremos ter o poder sobre isso, nem o total controle ou conhecimento, a ciência e medicina pode conhecer todas as suas válvulas, artérias e nervos, mas o abstrato, a essência, o imaginável nunca poderá ser desvendado com certeza, não importa quantas teses existam, estudos e até mesmo experiências de vida, não comprovarão aquilo que continua sendo um mistério apesar do tempo.

E, mesmo com toda essa preocupação, todos nós(ou a maioria) entregamos nosso coração às cegas, para aqueles que cegamente acreditamos serem as pessoas certas. E por mais que pisem, maltratem, e machuquem, nós não nos importamos, pois há algum tipo de droga que suporta todo o tipo de dor e angústia, mágoa e ressentimento, e nos deixa a ilusão de felicidade e entorpecimento.

Mas, o que acontece quando a droga passa? Tudo aquilo que ficou mascarado agora vem à tona, toda a dor, mágoa e angústia desabam sobre a gente numa intensidade infinitamente maior.

A fragilidade está estampada no rosto, nos olhos, nas lágrimas, nos resta agora preparar as suturas, e reconstruir o que restou, mas antes, é preciso drenar todo o sangue, limpar todo o ferimento, até que ele esteja pronto pra ser fechado, caso contrário, a ferida parecer estar aparentemente fechada, mas por dentro ela sangra, machuca, e vai crescendo cada vez mais.

Os mais fortes conseguem se recompor, e, a partir das cicatrizes se tornam mais sábios e se fortalecem, já os mais fracos sangram, até uma hora que não seja mais possível encontrar cura.

E pra terminar:
Albert Camus disse uma vez: '' Abençoados são os corações flexíveis; Porque nunca serão partidos'' " Mas eu penso comigo mesmo ; se não partirem, não se curam . e se não houver a cura, não há aprendizado . e se não houver aprendizado, não há luta . mas a luta é uma parte da vida, não é ? então todos os corações precisam ser partidos ?"- OTH'

(?)