terça-feira, 15 de março de 2011

Elevar, amar, sonhar...

Me magoa o fato das pessoas não serem sensíveis. Não tão bobas quanto eu, pois isso também e ruim, mas sensíveis à vida e às pessoas.
Quantas vezes não magoamos alguém por não entendermos o que esse alguém sentia? Quantas vezes não negamos conforto por não conseguirmos enxergar a fragilidade do outro?
Apesar de tudo, acho que deveríamos valorizar mais as pessoas, porque elas são únicas, e a vida é curta demais pra que você desconfie de tudo.
Me magoa o fato das pessoas não serem sensíveis ao amor. Pois o amor está na vida, no cuidado, na angústia e na felicidade. O amor está na essência das coisas boas e somente é visível para aqueles que se permitem sonhar.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Inconsistência.

penso. o momento é tao puro que queima por dentro. talvez nao estejamos preparados pra entender a plenitude do amor....

Nao, nao estamos preparados pra sentir a totalidade do amor... E os que ainda o sentem, nao o sentem de verdade, pois realmente nao acredito que possamos viver e amar. visto que a vida é finita e o amor imortal. bençao ou maliçao? me sinto mal em falar isso, pois o amor é plenitude, pureza e bondade, mas nós nao suportamos algo tao grande e tao intenso. Somos passionais e apegados. nos questionaríamos sobre a vida. porque, se existe algo assim tao grande e tao bom, por que isso poderia ser tirado de nós? pudera antes nunca ter sentido, do que morrer na agonia da saudade, da loucura. Porque o amor é luz, é vida; mas sua ausência é morte e nda mais.... Mas, contraditoriamente me corrijo, e digo que vale a pena... mas porque o preço é tao caro? o valor de uma vida...( ou duas?)


24.01.11


retificando: sabe quando você lê uma coisa que escreveu a muito tempo e acha a maior bobagem do mundo? pois é...

quis te dar palavras de consolo,
minhas palavras,
mas só tinha meu coraçao
que tomaste com fervura
que amaste com ternura
e que contigo permaneceu.

nao vá embora, querido.
nao deixe aqui comigo
o desespero e a solidao,
um amor perfeito e puro,
a perspectiva de um futuro
palpáveis às nossas maos.

nao me tire a vida, amor
pois sem teus laços de doçura
eu nao quero viver nao.

e se quisesse nao podia
pois viveria em agonia
no submundo da escuridao.

com meus passos nebulosos
vagaria no soturno
procurando feito louco teu rosto, teu coraçao

as horas me matariam
a vida me consumiria
e o que antes aqui ardia
morreria de solidao

Oh vida! O que queres?
O que me destes? bençao ou maldiçao?
Um amor maior que tudo
Que a minha vida, que o mundo
Maior que meu coraçao.

Porque uma vida tao curta?
Uma incerteza tao muda?
Que nada mostra, nada diz.

Óh, meu querido amado,
Dizem que o amor é forte
Que é maior do que a morte,
E infinito mesmo em seu fim

Mas a vida nao é vida
sem o amor que a mesma finda
sem a luz que trazes pra mim.
sao só trevas, amargura
agonia, louca e pura.
pudera eu ir embora contigo, no nosso terno fim.



19.01.11

Brincando com as palavras.

Sugestao do professor: texto sem verbos. É, eu tentei. Rendeu mais que isso, mas o resto ficou confuso demais.

Despertador silencioso; olhos pregiçosos, sonhos recentes. Que horas? Tarde. Maos ágeis e nervosas. Nuvens e pensamentos (ou nuvens de pensamentos?) chuvosos. O derretimento de ideias, pingos escassos de vontade. Chove lá fora (ou aqui dentro?), junto com o escurecer da fria manha.



19.01.11

Cárcere.

Uma angústia nostálgica, sufocante e agoniante por nao ter motivo. Logo quando todas as minhas certezas se confirmam, numa estabilidade calma e prazeirosa, quase divina.
Quando me encontro à essência da vida, na forma mais plena do amar.

Nao, nao tenho motivos.

A nao ser que sinta angústia por nao ter motivos para me angustiar. Como se o tédio da estabilidade me fizesse perceber que nao há nada além dela. Mas nao o sinto, nao o tédio. Os dias me parecem extremamente vivos, mesmo na falta do que fazer, me sinto preenchida pela descoberta diária das mil maneiras de amar, de modo que o nada também me parece atraente. Um doar-se à vontade, à alegria, sabendo também que sou extremamente amada. Nao que eu mereça, mas o amor nao necessita de méritos.
Mas, ao fundo e apesar de tudo, ainda a sinto. Antiga companheira de horas lúgubres, astuta e ágil como quem conhece todos os meus defeitos a ponto de sber como torturar-me, como quem persegue uma presa, a angústia me adoeçe.
Como um pecado secreto, um preço por tanta felicidade ou uma culpa envergonhada, que me faz prender a respiraçao com medo de que escape pela boca ou derrame por meus olhos.


E assim, em tortura quase calculada, me sinto sufocada.



25.05.10

Me foge com as palavras
me arranca a respiraçao
me toma os pensamentos
e se apossa do meu coraçao



um possuir sem dono,
sem trono, sem regra
Dado assim sem engano,
sem plano, sem pressa.



Assim como minha vida,
amor, que é só tua
Mesmo assim cheia de falhas
mesmo assim cheia de culpa.



Inconsequentemente dada.
Incondicionalmente tua.



Incondicionalmente humano,
profano, divino.
Irrevogavelmente amor,
somente amor, e além disso.




26.02.10

Fluidez.

A menina, à beira do rio, joagava pedras na água como se o tempo fosse infinito, como se jogasse lembranças e as esperasse afundar... calma e lentamente, a cada pedra uma nova vida, a cada mergulho uma nova chance.




26.02.10

Convicções.

"Eu tinha jurado a mim mesma que estava contente com a solidão"


Achamos que sabemos de tudo sobre nós, estamos acostumados com o padrão que criamos para nós mesmos, mas, ás vezes, a vida nos faz perceber que nada é definitivo.

Acreditei por muito tempo que poderia viver do jeito que vivia, cercada por meus amigos, família, desejos, mas, mesmo assim, sozinha.




09.12.09

Suspensão.

Estava cada vez mais perto... do fim

Se sentia cada vez mais perto do... nada

Tudo o que via estava abaixo dos seus pés, mas ela estava caindo... via todos à sua volta, mas não conseguia alcançá-los . Talvez fosse só um sonho... se sentia leve, cada vez mais leve... Talvez o nada fosse melhor que a dor, mas não importava, já estava acostumada com o vazio, ou tentava acreditar nisso.

Estava quebrada, por mais que tudo parecesse bem, algo dentro dela havia se quebrado, e machucava pensar nisso, embora não conseguisse esquecer.

Não se sentia segura o suficiente pra sorrir novamente, por mais que quisesse... Mas ninguém precisava saber , não mais... Não queria ser mais um peso pra ninguém, e não mais iria ser... Porque era só isso que era capaz de ser, até pra quem mais amava.... não conseguia fazê-lo feliz. Mas, como já disse, não ia mais ser um peso na vida de ninguém, atrapalhar os sonhos, a vida daquele que possuía seu coração...

Ah, mas que coração! Como se isso fosse grande coisa... como se não passasse de um mundo de lágrimas, incertezas, angústias e, acima de tudo, amor. Mas à essa altura isso não parecia verdadeiro aos olhos de quem mais importava. E era engraçado até , afinal, se não era isso, o que mais seria? O que mais a faria sorrir e chorar e, ao mesmo tempo não querer ficar longe disso senão o amor que sentia? Ah... um dia ela imaginou que o amor seria bem mais simples, mas agora sabe que poderia morrer por ele. Como queria por um basta em tudo, parar de reclamar tanto... Afinal, o que mais fazia se não isso? Já se conformara com a angústia em que vivia, mas isso já não era suficiente. Ela queria mais, ou simplesmente o nada.

Mas ela estava quase longe de tudo... se sentia quase confortável enquanto seus pés não tocavam mais o chão. Só queria abrir os olhos mais uma vez e saber se ainda poderiam acreditar no seu amor(afinal, era tudo o que tinha)... mas nos seus sonhos ela se sentia mais confortável e segura, então, dessa vez, ela desejou não mais acordar.



07.12.09

Tirando da estante.

Resolvi postar umas tantas coisas guardadas a muito tempo. Talvez me empolgue a escrever de novo.

Pensamentos antigos, nem todos ainda consolidados. Somente um amontoado de coisas...