terça-feira, 16 de junho de 2009

Justiça

"Me ame quando eu menos merecer , pois é quando eu mais preciso . . . "- One tree hill



Quem nunca se sentiu como se tivesse a maior dor do mundo, numa tristeza incapaz de ser amenizada, e se incomodou ao ver uma pessoa mais feliz que ela? Como se toda a euforia e alegria provocassem ânsia, raiva, e ainda mais tristeza. Tá bom, pode ser que ninguém tenha se sentido assim, mas enfim, esse pensamento já passou algumas vezes pela minha cabeça, e eu me senti má, muito má com isso, o que não fez com que o incomodo passasse.

Mesmo tendo feito tanta coisa, ela tem o direito de se sentir melhor? Feliz? Poiis é, a vida é injusta, todo mundo descobre isso, uma hora ou outra. A justiça é apenas para os fracos, que se conformam e acreditam que tudo está bem, igual pra ambos os lados. Grande farsa, bando de hipócritas que fingem que tudo está correto e no seu devido lugar, porque a verdade é: nada está no seu devido lugar. Tá tudo, tudo muito errado. Basta olhar em volta, miséria, dor, sofrimento, violência; nada disso parece correto pra mim, sem querer começar um discurso político afim de promover meu sentimento altruísta, mas nada disso parece estar no lugar. Nós só escolhemos a maneira mais fácil de resolver os problemas, fechando os olhos, nos escondendo atrás da justiça e igualdade tanto pregadas mas nunca cumpridas... todos nós.
Não era minha intenção chegar nesse assunto, na verdade, eu nunca tinha parado pra pensar sobre isso até agora, mas já que escrevi, acho que vale a pena refletir um pouco...'

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Um pouco de quase nada.

No auge dos meus vinte poucos anos posso dizer que já vi e vivi muita coisa, senti e presenciei casos, pessoas, gritei, chorei, sorri.
Li bons livros em tardes que pareciam entediantes, tomei banhos de chuva inesquecíveis, morri de chorar em filmes melosos, corri sem porquê em tardes ensolaradas.
Já tive quase casamentos, quase insanidades, quase suicídios, quase amores que quase se eternizaram, quase brigas, quase reconciliações, quase esperanças... posso dizer também que quase vivi plenamente e quase fui feliiz...
Às vezes falta tão pouco pra conseguirmos aquilo que esperamos, e esse "quase" pode significar muita coisa na vida de muita gente.
Vivo entre quatro paredes sóbrias, as quais, muitas vezes, parecem ter olhos e julgar cada atitude que tomo, numa cidade barulhenta, a qual não lembro o nome, mas que também não importa, pois na maioria do tempo vivo imersa em meus pensamentos, nos meus devaneios e inconsciente, e nessas horas o mundo físico não mais existe, é só eu e meus outros milhões de faces, ideias, e conflitos.
Conflitos pessoais em que contesto minhas próprias ideias, discuto, e muitas vezes perco, pro meu próprio inconsciente.
Saio ás vezes com alguns conhecidos... amigos? Poucos me entendem, raros me apoiam, e nenhum deles sabe tudo aquilo que cabe dentro de mim, do vulcão sem controle que hora entra em erupção e hora permanece adormecido, ás vezes por tempo demais...'
Já tive várias decepções (quem nunca teve?), tristezas angustiantes, paixões arrebatadoras, amores singelos, mas muitas vezes destruidores. E por mais incrível que pareça sobrevivi a tudo isso, por pior que pareça na hora, todos nós sobrevivemos (vamos excluir os suicidas em potencial =), embora não sem cicatrizes, marcas e alguns ferimentos que ainda insistem em doer, mas que vão sarando aos poucos, pode até ser que ele nunca desapareça e pare de incomodar, mas com certeza vai ficando cada vez mais suportável lidar com isso.
Comigo também persistem alguns ressentimentos, coisas que deveria ter feito, palavras que deveria ter dito, silêncios que deveriam ter continuado intocáveis, pessoas que nunca deveriam ter se despedido, um adeus que nunca deveria ter sido pronunciado... assunto complicado... será que as pessoas especiais realmente permanecem?? Será que existem pessoas tão especiais a ponto de permanecerem, mesmo que não estejam no seu estado físico, mas se fazerem presentes em cada cheiro, toque, gosto, som e imagem???
Acho que não posso responder isso, ainda sou muito imatura nessa vida, pouco sei sobre o amor, sobre felicidade, ainda não experimentei as dores mais profundas nem os prazeres mais deleitosos, não tenho experiência pra julgar a vida, mesmo que ainda o faça.
E, como já deu pra perceber, escrevo no tempo que me sobra, não só para ocupá-lo, mas para espairecer a mente, liberar as ideias, deixar fluir tudo o que me apaixona e que me atormenta, não só como passatempo ou válvula de "escape" mas como uma dependência, um vício, quase que uma droga, não, eu não sou maluca, já tentei parar, acredite, mas como dá pra perceber não conseguii.
Me deixa bem, leve. Não que eu escreva grande coisa, até porque alguém já deve ter notado que eu não escrevo coisa nenhuma, podem até dizer: "aah, mas isso até eu escrevo melhor", não, eu não vou discordar de você. Mas fazer o que né? Cada um faz o que sabe, talvez um dia eu escreva um liivro, que venda bem é claro, em que os meus pensamentos deixem de ser só meus e possam ter um propósito maior. (tá bom, viajei agora.)
E pra terminar, até porque ninguém quer saber tanto assim da minha vida, ainda gostaria de preencher aqueles vazios do quase, porque, só quem sente sabe, que um quase amor, uma quase dor e uma quase vida são bem mais angustiantes do que uma provável morte.'

segunda-feira, 8 de junho de 2009

.Ex.terna.mente.

Noites insones e cansativas
Os gritos abafados pelo medo e angústia
Tornaram-se terríveis rotinas inevitáveis,
Um apelo de alguém que pede ajuda.

O desespero já não é maior que eu,
Tornou-se um pequeno ponto imerso em minha alma.
Mas que se faz notar a todo o momento e instante,
Tornando impossível qualquer sanidade ou calma.

Desespero desnecessário,
Pois não traz de volta o passado, nem modifica o presente.

Mas livrei-me das algemas,
E com elas, parcialmente a iniqüidade,
Mas isso não me livrou das cicatrizes,
Que me lembram sempre que fujo da verdade.

Tantas palavras, todas desnecessárias,
Sem sentido ou importância pra ninguém.
Jorradas como sangue num vazio sem importância,
Confirmando a morte daquilo que um dia foi alguém.


- Sou uma pessoa dramática, então, não liguem para os meus exageros (:'

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Regressão

Henry Wadsworth Longfellow escreveu: "Todos são arquitetos do destino, vivendo nestas paredes de tempo, então não se lamente pelo passado. Ele não voltará de novo" - OTH'

Porque tem coisas que a gente simplesmente não consegue esquecer? Seria tão mais fácil e confortável, mas isso não acontece assim de um modo tão espontâneo.

E por mais que você não queira, aquelas memórias que antes pareciam tão belas, agora são tão terríveis, pois atormentam e tiram o sossego de uma alma que só quer ter calma...
Ou não, muita gente vive dessas memórias, tristes ou não, mas elas sentem prazer em tê-las, mesmo que isso lhe traga dor e angústia, passando a viver assim numa realidade paralela, onde o presente já não importa, só aquilo que ficou pra trás, isso sim, é relembrado em cada segundo, cada sensação, cada delírio insano de uma mente desequilibrada.

Desequilíbrio, uma palavra aleatória que encontrei, mas poderiam ser tantas outras, ah, não sei, mas enquanto essas pessoas perdem a vida aos poucos, deixando-se esquecer no passado incontínuo, outras clamam por liberdade, liberdade de sentimentos, sensações e desejos, que, embora tenham ficado num momento passado, ainda permanecem tão vivos quanto antes.

Entrelinhas.

"Algumas vezes as pessoas escrevem o que não conseguem dizer" One Tree Hill.'

A mais pura verdade, alguém discorda? Digo por mim mesma. Frases feitas, arrumadas, organizadas na mais perfeita poesia...(ounão) de que adiantam? O que significam? "Apenas aquilo que não conseguimos dizer", ás vezes até aquilo que nós mesmos não acreditamos, mas escrevemos por que sentimos, e por que aquilo está lá, dentro de você, assim como sempre esteve, mas nós nunca apertamos a tecla de "escape".
De modo que vai se acumulando, e crescendo inconscientemente, então, simplesmente flui, em palavras, versos, música ou poesia, tudo aquilo que não foi dito pela boca, mas que estava sendo gritado pelo coração.

terça-feira, 2 de junho de 2009

Confiança.

"Talvez todos nós damos nossos corações para as pessoas que mais nos farão sofrer"
.One Tree Hill.'



Começando por um papo meloso e repetido tantas vezes... como saber discernir entre quais pessoas devemos confiar? Será isso possível? Mais complicado ainda é quando o bem que nós confiamos é o nosso próprio coração, uma coisa tão frágil e complexa para nós mesmos, e muitas vezes queremos que outra pessoa o entenda e tome conta dele, coisa que fica difícil até para aqueles que já o conhecem.

Mas nunca iremos ter o poder sobre isso, nem o total controle ou conhecimento, a ciência e medicina pode conhecer todas as suas válvulas, artérias e nervos, mas o abstrato, a essência, o imaginável nunca poderá ser desvendado com certeza, não importa quantas teses existam, estudos e até mesmo experiências de vida, não comprovarão aquilo que continua sendo um mistério apesar do tempo.

E, mesmo com toda essa preocupação, todos nós(ou a maioria) entregamos nosso coração às cegas, para aqueles que cegamente acreditamos serem as pessoas certas. E por mais que pisem, maltratem, e machuquem, nós não nos importamos, pois há algum tipo de droga que suporta todo o tipo de dor e angústia, mágoa e ressentimento, e nos deixa a ilusão de felicidade e entorpecimento.

Mas, o que acontece quando a droga passa? Tudo aquilo que ficou mascarado agora vem à tona, toda a dor, mágoa e angústia desabam sobre a gente numa intensidade infinitamente maior.

A fragilidade está estampada no rosto, nos olhos, nas lágrimas, nos resta agora preparar as suturas, e reconstruir o que restou, mas antes, é preciso drenar todo o sangue, limpar todo o ferimento, até que ele esteja pronto pra ser fechado, caso contrário, a ferida parecer estar aparentemente fechada, mas por dentro ela sangra, machuca, e vai crescendo cada vez mais.

Os mais fortes conseguem se recompor, e, a partir das cicatrizes se tornam mais sábios e se fortalecem, já os mais fracos sangram, até uma hora que não seja mais possível encontrar cura.

E pra terminar:
Albert Camus disse uma vez: '' Abençoados são os corações flexíveis; Porque nunca serão partidos'' " Mas eu penso comigo mesmo ; se não partirem, não se curam . e se não houver a cura, não há aprendizado . e se não houver aprendizado, não há luta . mas a luta é uma parte da vida, não é ? então todos os corações precisam ser partidos ?"- OTH'

(?)