terça-feira, 2 de junho de 2009

Confiança.

"Talvez todos nós damos nossos corações para as pessoas que mais nos farão sofrer"
.One Tree Hill.'



Começando por um papo meloso e repetido tantas vezes... como saber discernir entre quais pessoas devemos confiar? Será isso possível? Mais complicado ainda é quando o bem que nós confiamos é o nosso próprio coração, uma coisa tão frágil e complexa para nós mesmos, e muitas vezes queremos que outra pessoa o entenda e tome conta dele, coisa que fica difícil até para aqueles que já o conhecem.

Mas nunca iremos ter o poder sobre isso, nem o total controle ou conhecimento, a ciência e medicina pode conhecer todas as suas válvulas, artérias e nervos, mas o abstrato, a essência, o imaginável nunca poderá ser desvendado com certeza, não importa quantas teses existam, estudos e até mesmo experiências de vida, não comprovarão aquilo que continua sendo um mistério apesar do tempo.

E, mesmo com toda essa preocupação, todos nós(ou a maioria) entregamos nosso coração às cegas, para aqueles que cegamente acreditamos serem as pessoas certas. E por mais que pisem, maltratem, e machuquem, nós não nos importamos, pois há algum tipo de droga que suporta todo o tipo de dor e angústia, mágoa e ressentimento, e nos deixa a ilusão de felicidade e entorpecimento.

Mas, o que acontece quando a droga passa? Tudo aquilo que ficou mascarado agora vem à tona, toda a dor, mágoa e angústia desabam sobre a gente numa intensidade infinitamente maior.

A fragilidade está estampada no rosto, nos olhos, nas lágrimas, nos resta agora preparar as suturas, e reconstruir o que restou, mas antes, é preciso drenar todo o sangue, limpar todo o ferimento, até que ele esteja pronto pra ser fechado, caso contrário, a ferida parecer estar aparentemente fechada, mas por dentro ela sangra, machuca, e vai crescendo cada vez mais.

Os mais fortes conseguem se recompor, e, a partir das cicatrizes se tornam mais sábios e se fortalecem, já os mais fracos sangram, até uma hora que não seja mais possível encontrar cura.

E pra terminar:
Albert Camus disse uma vez: '' Abençoados são os corações flexíveis; Porque nunca serão partidos'' " Mas eu penso comigo mesmo ; se não partirem, não se curam . e se não houver a cura, não há aprendizado . e se não houver aprendizado, não há luta . mas a luta é uma parte da vida, não é ? então todos os corações precisam ser partidos ?"- OTH'

(?)

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