quarta-feira, 27 de abril de 2011


Podia ser muito jovem pra saber amar
Mas minha vida encheu-se de sol, quando te conheci
E como música teus passos me guiaram
(mesmo sem saber dançar)
Ao que, um dia, não imaginei que pudesse existir.

E o sol entao brilhou
Entoando a mais linda canção
E o vento entao soprou
E o meu abrigo foi teu coração

Nem as mais belas palavras, me cativaram assim
Foram todas tão vazias, tão iguais pra mim.
Ao contrário do que fizeste, do que pude conhecer
Os mais belos caminhos me levavam a você...

E a maior estrela agora brilha
Como um compromisso que nao tem fim
E eu te ofereço a mais bela rosa
Que cultivei em meu jardim



.

Plenitude.

" Na plenitude da felicidade, cada dia é uma vida inteira."
Johann Goethe



Maior que o mundo e que a mim mesma
Amor tão grande que me consome
Amor que me completa, que me preenche
Que faz com que meus dias sejam completos
E as noites lindas, mesmo as mais insones.

Me toma em teus braços
E que, na nossa eternidade,um único ser sejamos
Que eu me morra em cada beijo, em cada abraço
E que eu renasça em teus braços,
Construindo, a cada dia, o que, um dia, sonhamos.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Afogamento.

" No fundo, é isso, a solidão: envolvermo-nos no casulo da nossa alma, fazermo-nos crisálida e aguardarmos a metamorfose, porque ela acaba sempre por chegar."
August Strindberg

E o que fazer quando você quer fugir, pra qualquer lugar, longe de toda (essa) dor insuportável, mas sabe que não existe lugar algum pra ir?
Fecho os olhos e, cada vez mais, sinto-me afundar. Sinto o peso do meu corpo, cada vez mais real, me lembrando de que estou presa onde estou.
Queremos que as coisas mudem, mas, ao mesmo tempo, não queremos mudanças. Porque temos medo? Queremos que a mudança ocorra dentro de nós sem que o mundo exterior se altere. Ou o contrário? Depende. Só não queremos furacões. Não mais do que os que já existem em nossas cabeças. Acho que temos (tenho) medo porque tudo está ligado por um equilíbrio tão delicado...
Podemos quebrá-lo? Temos coragem?



.

Lacunas.



O que acontece com as palavras
quando já não há sobre o que escrever?
Quando a cabeça do poeta falha e a mão fraqueja,
sem vida, sem inspiração, sem prazer.

O que fazer com as débeis palavras
que plumeiam, soltas pelo ar
À espera de uma frase, de uma rima
De um pensamento que as faça respirar

E perfumar de riso os sois de primavera
E de presença a mais carente melodia
De amores, as esperanças que degelam
E de vida, o angustiado coração -do poeta- que sibila



.


segunda-feira, 18 de abril de 2011

Solitude.

" O amor calcula as horas por meses, e os dias por anos; e cada pequena ausência é uma eternidade."
John Dryden



Às vezes no sentimos tão sozinhos... O desespero é tão grande e tão presente que a inércia é o movimento mais constante que fazemos. Desejamos não pensar, fazer ou sentir nada, porque o mundo real é tão caótico que não suportamos. Não mais.
Choramos tanto que chorar já pareçe bobagem. Pensamos tanto que os pensamentos se colidiram a ponto de se pulverizarem; nos colocando em um devaneio semi-real. Lutamos, pedimos, gritamos tanto que agora nossa força só é suficiente pra dizermos que não podemos mais.
Me sinto sozinha. E desesperada. O chão se vai quando você não consegue encontrar seu único apoio. E o mundo se desfaz feito nuvem.
O que fazer pra levar tudo isso embora? Tão pouco...
Mas as pessoas, às vezes, não entendem. Às vezes precisamos esqueçer nossos egos e todas as nossas "certezas" pra conseguirmos entender o que o outro sente. Porque nem tudo é tão complicado assim...
Não queremos ouvir o quanto o mundo é complicado e o quanto nós estamos errados, porque isso tudo já sabemos e nos pesa muito.
Só queremos alguém que nos ouça e que possamos ter do nosso lado pra passar por tudo isso, e nada mais...
Ter de estar, e não de ser. Só ficar...
Não é preciso tanto assim pra isso... Principalmente quando, antes, nos disponibilizamos a fazer qualquer coisa. E toda força se torna vã quando não entendemos o que devemos perceber.
Porque, às vezes, só queremos alguém que deite do nosso lado e escute as batidas do nosso coração. (E vice-versa)



.

Sacrifício.



Porque, muitas vezes, criamos máscaras e armaduras para nos tornarmos super-herois de um mundo frio e superficial? Escondemos o rosto porque não acreditamos em algo que não vemos.
Mas acho que, de vez em quando, ainda devemos nos machucar um pouco por alguém que valha a pena - ou que pelo mneos acreditemos que possa valer - porque a recompensa é prazeirosa e verdadeira; não que devamos esperar por ela.




.